Mulheres empresárias e inspiradoras
Para encerrar o mês da mulher, trouxemos a história de duas mulheres empresárias, que têm em comum histórias de vida inspiradoras e o fato de administrarem negócios locais
Independente do ponto de partida, o empreendedorismo e o mundo dos negócios é, sim, lugar de mulher. O Brasil é o sétimo país no ranking que mede o número de mulheres empreendedoras no mundo, de acordo com o Sebrae e Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2020, dos 52 milhões de empreendedores do país, 30 milhões são mulheres empresárias.
Mesmo com todas as barreiras que ainda existem, as mulheres seguem conquistando espaço no mercado corporativo. Angela Maria Fudolli, é diretora de ensino da Autoescola Paraná, empresa da categoria vencedora do prêmio Top de Marcas Londrina em 2021, negócio fundado pela sua mãe. Já Amanda Abranches, é jornalista por formação, apaixonada por moda e decoração e desde 2019 entrou para o empreendedorismo com o seu negócio EVA Cerâmica.
A trajetória de Angela Maria
O empreendedorismo na vida de uma mulher em que a família possui um negócio, começa cedo. A trajetória de Angela Maria na autoescola londrinense, fundada em 1973, começou quando ela tinha 15 anos. “Comecei com serviços administrativos e atendimento ao cliente, depois, quando fiquei mais velha, passei a dar aulas práticas na formação de novos motoristas e quando começou a vigorar a lei sobre as aulas teóricas, também dei aulas juntamente com meus irmãos”, destaca.
Os desafios sempre fizeram parte da sua caminhada profissional ao longo dos 48 anos atuando na autoescola Paraná. Hoje, como diretora de ensino, não é diferente. “Tudo na vida são desafios, principalmente sendo mulher em cargo de liderança, mas isso não me intimida, ao contrário, me incentiva a ser melhor no que faço”, pontua a empreendedora londrinense.
O filho e os sobrinhos de Angela Maria já formam a nova geração de diretores da empresa da família, cada um com sua função e áreas que devem cuidar. Para Angela Maria, o principal conselho que as mulheres empreendedoras precisam receber é nunca desistir. “Sonhar sempre, desistir nunca.”
A mudança de carreira de Amanda Abranches
O empreendedorismo surgiu na vida da jornalista Amanda Abranches junto com a paixão pela cerâmica, tudo de repente e com muita intensidade. O interesse pela cerâmica veio de um post despretensioso no Pinterest que a levou a procurar cursos na área. O que a comunicadora não sabia, é que a paixão pela cerâmica junto a vontade de mudar de carreira após a maternidade, resultaria pouco tempo depois na EVA Cerâmica e a colocaria entre as milhões de mulheres empresárias do país.
“Eu sabia, que sabia fazer muita coisa. Buscava algo que a despertasse paixão. Quando eu comecei, abriu um portal na minha frente, me dividiu entre antes e depois da cerâmica”, destaca a empreendedora.
O primeiro ateliê foi na sua própria casa, em 2017, alternando a produção das peças com a rotina de mãe. A cerâmica em pouco tempo se tornou seu estilo de vida e logo, um negócio lucrativo. Em 2019 Amanda contratou sua primeira funcionária e comprou o primeiro forno da EVA para a queima das peças.
No mesmo ano, começaram as turmas de alunas, tudo enquanto as encomendas não paravam de chegar pelo Instagram. Para Amanda, uma das razões que aceleram seu crescimento foi a habilidade com a comunicação que sua formação a proporcionou. A maior parte da sua captação de clientes segue sendo o Instagram, além do boca a boca, tudo de maneira orgânica.
A Pandemia demandou algumas mudanças no formato de aulas e atendimento, mas foi também em 2020 que Amanda alugou um espaço maior, ampliou o número de alunos e conseguiu dividir o local com uma área de cursos e um showroom. A loja está passando por uma reforma e deve ser reinaugurada em breve.
O processo de criação de uma peça de cerâmica, independente do tamanho do objeto, é minucioso e passa por várias etapas, exigindo cuidado e paciência. Habilidades importantes, inclusive, na vida de mulheres empresárias de todo o país, como a Angela Maria e Amanda Abranches.
Leia também: Equidade de gênero: comece pela sua marca
Por: Jornalismo CRCOM