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Entenda a importância de estabelecer um vínculo com seu público-alvo e o que é necessário levar em consideração para conseguir fazer isso

CLÁUDIA ROMARIZ - Top de Marcas Apucarana 2022 - 16/11/2021

Em um mundo repleto de informações, o grande desafio é se fazer ouvir, chamar atenção o suficiente dos seus consumidores para se conectar genuinamente, mas também conseguir compreender o que o seu público está dizendo, se colocando no lugar dele e, principalmente, estabelecendo diálogos.
“Quanto mais próximo for a conexão, mais forte será o vínculo estabelecido e mais facilmente atingimos os nossos objetivos. Ganha vantagem quem conseguir dialogar, gerar conexão real, para além da tecnologia”, explica o gerente de marketing da Flemming e especialista no assunto, Tiago Rigo.
Para melhorar essa conexão, é importante que as empresas escutem seus consumidores. Nem tudo é sobre tecnologia e redes sociais, mas sobre comportamento, hábitos e sobre conhecer os sujeitos em suas individualidades.
De acordo com o especialista, para conseguir criar identificação com os consumidores em constante movimento, as marcas precisam estar abertas para ouvir mais do que falar. “É no diálogo que se estabelecem conexões mais fortes e descobre-se demandas importantes, que podem potencializar a relação entre empresas e consumidores”, destaca.

A sua empresa é o reflexo do seu consumidor?

Outro aspecto importante é buscar variedade na composição das equipes internas. As mudanças precisam acontecer de dentro para fora. Incluir diferentes gerações dentro do quadro de colaboradores é uma tarefa que exige habilidade, diálogo e abertura para realizar mudanças, mas que vale o esforço e traz resultados incríveis.
Isso acontece porque o mundo está em constante movimento, o que afeta o comportamento de cada geração. Entender como os costumes variam de uma geração para a outra e traçar padrões para criar produtos atrativos para cada uma delas, e se comunicar de forma eficaz, fazem parte dos grandes desafios enfrentados pelas empresas na atualidade. Ter diferentes vozes representando a marca, onde os consumidores podem se identificar é um passo importante. 

Marcas com significado

O que a sua marca tem para oferecer à sociedade além de experiência de mercado e um produto sendo comercializado? Mais do que isso, marcas precisam de significado. Como pontua o especialista em Branding: “marcas precisam de estratégias que observem o público não apenas pela ótica do consumo, mas com um olhar profundo sobre o poder de atuação de uma empresa na sociedade, estimulando o senso de inovação, cuidado com a sociedade e ambiente, preservando e construindo sua reputação. Marcas atingem pessoas, produtos atingem mercados.”
O fato é que ao gerar identificação, as marcas se tornam mais desejáveis e isso trará lucratividade. Quando as empresas centram suas experiências nas pessoas, um mundo de possibilidades e novos negócios surge. Marcas consolidadas entendem o valor fundamental de princípios como empatia,colaboração e experimentação.
A busca por relevância como mecanismo de mercado é racional. Ao contrário da busca pela significância, que acontece em um território mais complicado, afetivo, que faz com que empresas tenham que mudar seu mindset, impondo empatia, colaboração e experimentação, partindo de uma mudança que direciona o olhar para consumidor como um co-criador de valor”. complementa Paulo Lobo.

As diferenças potencializam as oportunidades

O que é necessário para manter a qualidade de vida e quais são os produtos de desejo, variam quando pensamos em diferentes gerações que coexistem na sociedade. O que é importante para os baby boomers nem sempre vai ser apelativo para os millennials, e se distancia ainda mais das gerações Z e Alpha. Para compreender como isso ocorre, entenda um pouco mais sobre as diferenças de cada uma dessas gerações:

Baby Boomers

Quando falamos sobre baby boomers, estamos nos referindo às pessoas nascidas durante o boom de natalidade pós Segunda Guerra Mundial. Trata-se de uma geração que cresceu em um período de instabilidade pós-guerra, que entrou no mercado de trabalho na década de 70 e precisou lidar, no Brasil, com a crise econômica do final dessa década.
Tudo isso contribuiu para que esse grupo ficasse marcado pela busca por estabilidade econômica e boas oportunidades, sendo, então, mais conservadores financeiramente. Uma geração mais velha, que cumpre com os protocolos sociais estabelecidos na sociedade, buscando a segurança da casa própria e sendo guiada pelos valores tradicionais de realização pessoal, com foco na carreira de trabalho e na família.
É uma geração que gosta da segurança de consumir produtos de marcas consolidadas no mercado e de investir em bens de consumo duráveis.

Geração X

Nascidos entre 1965 e 1980, a geração X cresceu em um período turbulento e incerto. No entanto, ao entrar no mercado de trabalho encontraram um cenário mais positivo economicamente. São marcados pelo surgimento das tecnologias, estando sempre em busca de conhecimento e possuindo espírito empreendedor.
Essa geração busca romper com os paradigmas da geração anterior e que teve mais dificuldade de crescimento profissional para posições executivas, por causa do adiamento da aposentadoria dos baby boomers.
A Geração X ainda gosta de empresas já estabelecidas no mercado, mas está mais aberta a conhecer novos produtos. 

 

Millennials

Chamada de Millennials ou de Geração Y, a geração nascida entre 1980 e 1995 cresceu com o desenvolvimento da tecnologia. A maioria dessa geração é filha dos baby boomers e quase o oposto quando se trata de características. Enquanto seus pais buscavam tradição e estabilidade, os millennials querem empregos fora do tradicional, são idealistas, mais diversos culturalmente e abertos a sempre conhecer coisas novas.
São considerados multitarefa e consideram o mundo online uma extensão do offline. Buscam sucesso financeiro, mas, aliado a um trabalho que os deixe realizados profissionalmente.
Para essa geração, uma marca ser estabelecida no mercado já não é mais de grande importância. É uma geração com preferência para marcas que trazem inovação e que confia mais na opinião dos amigos sobre os produtos.

Geração Z

Para os nascidos a partir de 1996 até o início de 2010, a tecnologia é um fato. Eles cresceram num mundo já imerso na tecnologia e não sabem como é viver de outra forma. É uma geração considerada nativa digital, sendo acostumados a fazer compras através do mercado digital.
Tendo crescido vendo suas famílias lidarem com a crise de 2008, a Geração Z é mais consciente quando se trata de poupar dinheiro e tende a buscar mais carreiras estáveis. Conscientes sobre os problemas socioambientais que afetam o mundo, essa geração prefere consumir de marcas que possuem um propósito no qual acreditam, envolvidas com causas sociais que buscam fazer uma diferença positiva na sociedade.

Geração Alpha

A geração mais nova é a nascida entre 2010 e a atualidade, que cresceu totalmente imersa na tecnologia. Consomem ainda mais conteúdo online e são mais propensos a serem influenciados pelos influencers digitais.
É uma geração propensa a ter interesse em consumir produtos cada vez mais tecnológicos e a confiar na opinião de youtubers, tiktokers e outros influenciados. Mantém a preferência da geração anterior por marcas mais engajadas com a sociedade.
A pandemia de Covid-19 é, ainda, uma influência marcante para essa geração. Foram as crianças, as mais impactadas pelo isolamento social causado pela doença. Isso fez com que essas pessoas sejam mais próximas das suas famílias, mais conscientes da importância de economizar, por causa da crise econômica, além de ser uma geração que faz mais chamadas virtuais com os amigos.

Para além das gerações

No entanto, ao mesmo tempo que compreender essas questões é importante para os negócios, é preciso cuidado para não cair em generalizações. “Existe um risco em torno disso, que é acreditar que todos os nascidos em determinado período possuem as mesmas características. Não é bem assim”, pontua Tiago Rigo.
Isso acontece porque os contextos social, cultural e econômico influenciam muito no perfil de cada indivíduo. No entanto, o especialista deixa claro que “não podemos ignorar algumas marcas fortes, como a presença da tecnologia na vida das pessoas”.
O contato com tecnologias, principalmente as que transformaram nossa forma de se comunicar e consumir informações, desde a infância, para a geração mais nova, impactou a forma como as pessoas se comunicam e se relacionam. Enquanto os mais velhos foram formados por um mundo mais analógico e se relacionam com esses aspectos de forma diferente.
Essas particularidades também são muito influenciadas pelas diferenças socioeconômicas do período de formação de cada uma dessas gerações, tendo grande impacto no estilo de vida e nos valores desses grupos. O especialista explica que “mais do que entender o comportamento de determinada geração, as empresas precisam conhecer e entender as características dos seus próprios consumidores, para além da faixa-etária”.
Dessa forma, uma mesma mensagem pode ter diferentes impactos em cada perfil de consumidor, por isso “entender comportamento permite personalizar o próprio produto ou a oferta dos serviços”, detalha. Ainda é preciso estar atento às mudanças de comportamento do seu público-alvo, uma vez que “uma mesma geração tem mudanças de comportamento ao longo dos anos, o desafio é seguir monitorando esses hábitos e perfis para adequar a oferta”.
Prestar atenção a essas alterações é imprescindível para produzir conteúdo mais assertivo, produtos mais atrativos e atender de forma personalizada aos desejos e necessidades de seus consumidores. O gerente de marketing explica que a tecnologia contribui nesse sentido, para segmentar e entregar conteúdos diferentes que potencializam os resultados. “O consumidor quer ‘se enxergar’, quer perceber que a marca fala ‘a sua língua’ e ‘entende as suas necessidades”, afirma.

Defina e priorize o seu público-alvo

Ter o seu público-alvo bem definido, é uma forma de seguir para o sucesso, uma vez que não é possível agradar a todos os públicos ao mesmo tempo. Outra opção seria “mapear os diferentes públicos atendidos, independentemente das gerações em si”. Também é possível pensar sobre quais são os grupos de influência de seu público-alvo. Para fazer isso é preciso refletir se seu consumidor é mais influenciado pela família, amigos ou influenciadores nas redes sociais.
Assim, mapear seu público-alvo, exige levar em consideração muitas variáveis, mas Rigo defende que o esforço traz resultados: “empresas que se dedicam a isso encontram grandes insights e potencializam os negócios”.

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